28 nov. 2024 | M.V. Msc. Andressa Rodrigues Amaral, Prof. Dr. Thiago Vendramini

Núcleo de Multicuidados para cães e gatos

Núcleo de Multicuidados: Uma Abordagem Avançada em Medicina Veterinária, no âmbito da Nutrição, Obesidade e Cuidados Paliativos para Cães e Gatos, através da Absorciometria Bifotónica de Raio X (DEXA).

A PremieRpet® e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) deram mais um passo pioneiro em prol da ciência e do bem-estar animal com a inauguração do primeiro Núcleo de Multicuidados para pets das Américas, um espaço dentro do Hospital Veterinário da USP com foco em abordagens para o controle da dor, emagrecimento e a reabilitação de cães e gatos.

O núcleo conta com o aparelho de Densitometria por Emissão de Raios X de Dupla Energia - DEXA, um equipamento utilizado para medir com precisão a composição corporal em humanos e que foi adaptado para o atendimento de cães e gatos, prometendo revolucionar o tratamento da obesidade em cães e gatos através de pesquisas e estudos mais profundos.

Avaliações de composição corporal são ferramentas que fornecem informações valiosas sobre o paciente que vão além do que é observado em um exame físico convencional. As mudanças na composição corporal - como a proporção de tecido magro, gordura, água e tecido ósseo - podem oferecer insights importantes para entender a patogênese de doenças crônicas e agudas de forma precisa, além de direcionar pesquisas em torno do tratamento e promoção de longevidade.
 

Até o momento, os avanços na Medicina Veterinária têm contribuído para a longevidade de cães e gatos, e essas conquistas se devem a diversas áreas do conhecimento, incluindo a nutrição e, principalmente os estudos na área de controle, tratamento e prevenção de obesidade, e prevenção da perda ou recuperação de massa muscular em pacientes sarcopênicos ou caquéticos.
 

A obesidade, por exemplo, é a doenças nutricional mais comum em cães e gatos causada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, aumento de peso e inflamação sistêmica de baixo grau (Marchi et al., 2022; Vendramini et al., 2020). Assim como em seres humanos, a obesidade é um problema mundial cujas estatísticas apontam crescimento da população obesa ao longo de pelo menos 20 anos, o que também a configura como um problema de saúde de difícil controle. Além disso, representa um fator que não apenas facilita o surgimento de comorbidades (como até mesmo o câncer), mas também reduz a expectativa de vida dos animais afetados (Kealy et al., 2002; Marchi et al., 2022; Porsani et al., 2020).
 

Em relação ao seu diagnóstico, a avaliação da condição corporal é realizada por meio de inspeção visual e palpação de regiões estratégicas de acúmulo de tecido adiposo, principalmente, nas costelas. Dessa forma, de acordo com D. P. Laflamme, (1997), o paciente é classificado de acordo com o escore de condição corporal (ECC) em uma escala de 9 pontos, onde ECCs 6 e 7 representam animais em sobrepeso e 8 e 9 em obesidade. Essa escala, no entanto, é subjetiva e depende da precisão do avaliador, o que se configura como um viés científico e, atualmente, propostas mais avançadas procuram ferramentas mais avançadas e precisas, como o a absorciometria por raios X de dupla energia (DEXA) (Freeman, 2012).
 

A imagem 1, mostra um exemplo de imagem obtida pelo DEXA, antes e após perda de peso em cão. 

Figura 1. Imagem obtida pelo aparelho de DEXA em um cão Beagle, antes e após emagrecimento.

 

Fonte: Dobenecker et al., 2009.

Estudos demonstraram que a composição corporal, especialmente a proporção de gordura e massa magra, está diretamente relacionada à sobrevida dos animais (Mondello et al., 2014; Pedrinelli et al., 2020). De acordo com Pedrinelli et al., (2020), foi observada uma diferença significativa na sobrevida média de animais com doença renal crônica, com base em diferentes escores de condição corporal (ECC) e massa muscular (EMM). Os resultados mostraram que os animais com ECC de 1 a 3 apresentaram uma sobrevida média de 125 dias no momento do diagnóstico, enquanto aqueles com ECC de 4 e 5 tiveram uma sobrevida de 103 dias. Em contrapartida, os animais com ECC de 6 a 9 apresentaram sobrevida significativamente maior, com 327 dias.

Em relação ao EMM, os dados indicaram que pacientes com EMM 0 tiveram sobrevida média de apenas 45 dias. Já os que apresentaram EMM 1 viveram, em média, 122 dias, aqueles com EMM 2.206 dias, e os com EMM 3 alcançaram a média de 255 dias.
 

A massa magra pode ser avaliada por meio do escore de massa muscular, que se baseia na percepção tátil da cobertura muscular em regiões estratégicas, como a região temporo-orbitária, quadril, espinha da escápula e coluna vertebral (Michel et al., 2011). A perda de massa muscular pode ocorrer em três situações principais: inanição (desnutrição), sarcopenia e caquexia (Freeman, 2012). A sarcopenia é a perda de massa magra relacionada à idade na ausência de doenças, sendo um processo fisiológico. Por outro lado, a caquexia refere-se à perda de massa muscular em decorrência de doenças, como câncer, doença renal crônica e cardiopatias (Freeman, 2012).
 

O diagnóstico da caquexia em humanos é baseado em critérios como a taxa de perda de peso e o aumento da IL-6, uma citocina envolvida nos mecanismos de proteólise, na redução do turnover proteico, e na modulação da fome e saciedade (Fearon et al., 2011; Saker, 2021; Shirazi et al., 2013; Tisdale, 2009). A caquexia, frequentemente associada à sarcopenia, pode levar à morte do paciente antes mesmo da progressão da doença, especialmente em casos oncológicos e cardiológicos. Estima-se que a caquexia seja a principal causa de óbito em seres humanos com câncer (Mondello et al., 2014). 

A perda de massa magra também afeta diversos sistemas, incluindo o sistema imunológico e provoca, por exemplo, a redução da população de linfócitos, essenciais na luta contra o câncer (Freeman, 2012). 

Da mesma forma que o ECC, as ferramentas atuais para avaliação de EMM ainda são subjetivas e dependem do avaliador, o que configura um viés científico. Além disso, mudanças na composição de massa magra podem ocorrer antes que sejam perceptíveis em um exame físico, onde somente é palpada a musculatura esquelética.


O diagnóstico precoce da caquexia é desafiador, mas se detectada em estágios iniciais, as estratégias de controle podem ser mais eficazes, especialmente com o uso de ferramentas avançadas, como a absorciometria por raios X de dupla energia (DEXA) (Freeman, 2012). É fundamental reconhecer que todos os tecidos do organismo dependem de nutrientes(D. Laflamme, 2018; Wakshlag et al., 2003), e pesquisas recentes já demonstraram potencial para nutrientes (aminoácidos de cadeia ramificada e seus metabólitos) (Bifari & Nisoli, 2017; Li & Wu, 2023) e nutracêuticos nessa área (como os triglicerídeos de cadeia média ômega 3, beta-glucanos, entre outros) (Akramiene et al., 2007; Freeman, 2010; Lupton & Chapkin, 2004; Marchi et al., 2024; Mori & Beilin, 2004; Vendramini et al., 2024). A pesquisa em pequenos animais deve focar em estratégias para detectar estas mudanças de forma precoce e intervir em tempo hábil para a recuperação do paciente ou aumento de sua sobrevida. O uso de técnicas avançadas, como o DEXA, permitirá avaliar de forma objetiva quais intervenções realmente promovem os resultados desejados. 


 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Akramiene, D., Kondrotas, A., Didziapetriene, J., & Kevelaitis, E. (2007). Effects of beta-glucans on the immune system. In Medicina (Kaunas, Lithuania) (Vol. 43, Issue 8, pp. 597–606). Medicina (Kaunas). https://doi.org/10.3390/medicina43080076
 

Bifari, F., & Nisoli, E. (2017). Branched‐chain amino acids differently modulate catabolic and anabolic states in mammals: a pharmacological point of view. British Journal of Pharmacology, 174(11), 1366–1377. https://doi.org/10.1111/bph.13624
 

Bjørnvad, C. R., Nielsen, M. E., Hansen, S. E. M., & Nielsen, D. H. (2017). The effect of position on the precision of dual-energy X-ray absorptiometry and correlation with body condition score in dogs and cats. Journal of Nutritional Science, 6. https://doi.org/10.1017/jns.2017.16
 

Dobenecker, B., De Bock, M., Engelen, M., Goossens, L., Scholz, A., & Kienzle, E. (2009). Effect of mitratapide on body composition, body measurements and glucose tolerance in obese Beagles. Veterinary Research Communications, 33(8), 839–847. https://doi.org/10.1007/s11259-009-9232-5
 

Fearon, K., Strasser, F., Anker, S. D., Bosaeus, I., Bruera, E., Fainsinger, R. L., Jatoi, A., Loprinzi, C., MacDonald, N., Mantovani, G., Davis, M., Muscaritoli, M., Ottery, F., Radbruch, L., Ravasco, P., Walsh, D., Wilcock, A., Kaasa, S., & Baracos, V. E. (2011). Definition and classification of cancer cachexia: An international consensus. The Lancet Oncology, 12(5), 489–495. https://doi.org/10.1016/S1470-2045(10)70218-7
 

Freeman, L. M. (2010). Beneficial effects of omega-3 fatty acids in cardiovascular disease. Journal of Small Animal Practice, 51(9), 462–470. https://doi.org/10.1111/j.1748-5827.2010.00968.x
 

Freeman, L. M. (2012). Cachexia and sarcopenia: Emerging syndromes of importance in dogs and cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, 26(1), 3–17. https://doi.org/10.1111/j.1939-1676.2011.00838.x
 

German, A. J., Holden, S. L., Morris, P. J., & Biourge, V. (2010). Comparison of a bioimpedance monitor with dual-energy x-ray absorptiometry for noninvasive estimation of percentage body fat in dogs. American Journal of Veterinary Research, 71(4), 393–398. https://doi.org/10.2460/ajvr.71.4.393
 

Jeusette, I., Greco, D., Aquino, F., Detilleux, J., Peterson, M., Romano, V., & Torre, C. (2010). Effect of breed on body composition and comparison between various methods to estimate body composition in dogs. Research in Veterinary Science, 88(2), 227–232. https://doi.org/10.1016/j.rvsc.2009.07.009
 

Johannes, C. M., & Musser, M. L. (2019). Anorexia and the Cancer Patient. Veterinary Clinics of North America - Small Animal Practice, 49(5), 837–854. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2019.04.008
 

Kealy, R. D., Lawler, D. F., Ballam, J. M., Mantz, S. L., Biery, D. N., Greeley, E. H., Lust, G., Segre, M., Smith, G. K., & Stowe, H. D. (2002). Effects of diet restriction on life span and age-related changes in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 220(9), 1315–1320. https://doi.org/10.2460/javma.2002.220.1315
 

Laflamme, D. (1997). Development and validation of a body condition score system for cats: a clinical tool. Feline Practice, 25(5/6), 13–18.
 

Laflamme, D. (2018). Effect of diet on loss and preservation of lean body mass in aging dogs and cats. In Purina Institute.
 

Laflamme, D. P. (1997). Development and Validation of a Body Condition Score System for Dogs. Canine Practice, 22(4), 10–15. https://doi.org/10.1016/j.urolonc.2006.12.013
 

Larsson, C., Vitger, A., Jensen, R. B., Junghans, P., & Tauson, A.-H. (2014). Evaluation of the oral 13C-bicarbonate technique for measurements of energy expenditure in dogs before and after body weight reduction. Acta Veterinaria Scandinavica, 56(1), 87. https://doi.org/10.1186/s13028-014-0087-6
 

Lauten, S. D., Cox, N. R., Brawner, W. R., & Baker, H. J. (2001). Use of dual energy x-ray absorptiometry for noninvasive body composition measurements in clinically normal dogs. American Journal of Veterinary Research, 62(8), 1295–1301. https://doi.org/10.2460/ajvr.2001.62.1295
 

Li, P., & Wu, G. (2023). Amino acid nutrition and metabolism in domestic cats and dogs. In Journal of Animal Science and Biotechnology (Vol. 14, Issue 1). https://doi.org/10.1186/s40104-022-00827-8
 

Lupton, J. R., & Chapkin, R. S. (2004). Chemopreventive Effects of Omega-3 Fatty Acids. In Cancer Chemoprevention (pp. 591–608). https://doi.org/10.1007/978-1-59259-767-3_39
 

Marchi, P. H., Vendramini, T. H. A., Perini, M. P., Zafalon, R. V. A., Amaral, A. R., Ochamotto, V. A., Da Silveira, J. C., Dagli, M. L. Z., & Brunetto, M. A. (2022). Obesity, inflammation, and cancer in dogs: Review and perspectives. Frontiers in Veterinary Science, 9, 01–16. https://doi.org/10.3389/fvets.2022.1004122
 

Marchi, P. H., Vendramini, T. H. A., Zafalon, R. V. A., Príncipe, L. de A., Cesar, C. G. L., Perini, M. P., Putarov, T. C., Gomes, C. O. M. S., Balieiro, J. C. de C., & Brunetto, M. A. (2024). Effects of Increasing Levels of Purified Beta-1,3/1,6-Glucans on the Fecal Microbiome, Digestibility, and Immunity Variables of Healthy Adult Dogs. Microorganisms, 12(1). https://doi.org/10.3390/microorganisms12010113
 

Mawby, D. I., Bartges, J. W., d’Avignon, A., Laflamme, D. P., Moyers, T. D., & Cottrell, T. (2004). Comparison of Various Methods for Estimating Body Fat in Dogs. Journal of the American Animal Hospital Association, 40(2), 109–114. https://doi.org/10.5326/0400109
 

McGrath, A. P., Hancock, L., Stiers, C. A., Brejda, J., & Morris, E. M. (2024). Retrospective analysis of dual-energy x-ray absorptiometry data demonstrates body composition changes with age in dogs and cats. American Journal of Veterinary Research, 1–11. https://doi.org/10.2460/ajvr.24.05.0132
 

Michel, K. E., Anderson, W., Cupp, C., & Laflamme, D. P. (2011). Correlation of a feline muscle mass score with body composition determined by dual-energy X-ray absorptiometry. British Journal of Nutrition, 106(S1), S57–S59. https://doi.org/10.1017/S000711451100050X
 

Mondello, P., Lacquaniti, A., Mondello, S., Bolignano, D., Pitini, V., Aloisi, C., & Buemi, M. (2014). Emerging markers of cachexia predict survival in cancer patients. BMC Cancer, 14(1). https://doi.org/10.1186/1471-2407-14-828

Mori, T. A., & Beilin, L. J. (2004). Omega-3 fatty acids and inflammation. Current Atherosclerosis Reports, 6(6), 461–467. https://doi.org/10.1007/s11883-004-0087-5
 

Pedrinelli, V., Lima, D. M., Duarte, C. N., Teixeira, F. A., Porsani, M., Zarif, C., Amaral, A. R., Vendramini, T. H. A., Kogika, M. M., & Brunetto, M. A. (2020). Nutritional and laboratory parameters affect the survival of dogs with chronic kidney disease. PLOS ONE, 15(6), e0234712. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0234712
 

Penell, J. C., Morgan, D. M., Watson, P., Carmichael, S., & Adams, V. J. (2019). Body weight at 10 years of age and change in body composition between 8 and 10 years of age were related to survival in a longitudinal study of 39 Labrador retriever dogs. Acta Veterinaria Scandinavica, 61(1), 42. https://doi.org/10.1186/s13028-019-0477-x
 

Porsani, M. Y. H., Teixeira, F. A., Oliveira, V. V., Pedrinelli, V., Dias, R. A., German, A. J., & Brunetto, M. A. (2020). Prevalence of canine obesity in the city of São Paulo, Brazil. Scientific Reports, 10(1), 1–15. https://doi.org/10.1038/s41598-020-70937-8
 

Saker, K. E. (2021). Nutritional Concerns for Cancer, Cachexia, Frailty, and Sarcopenia in Canine and Feline Pets. Veterinary Clinics of North America - Small Animal Practice, 51(3), 729–744. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2021.01.012
 

Shirazi, R., Palsdottir, V., Collander, J., Anesten, F., Vogel, H., Langlet, F., Jaschke, A., Schürmann, A., Prévot, V., Shao, R., Jansson, J. O., & Skibicka, K. P. (2013). Glucagon-like peptide 1 receptor induced suppression of food intake, and body weight is mediated by central IL-1 and IL-6. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 110(40), 16199–16204. https://doi.org/10.1073/pnas.1306799110
 

Son, H. R., d’Avignon, D. A., & Laflamme, D. P. (1998). Comparison of dual-energy x-ray absorptiometry and measurement of total body water content by deuterium oxide dilution for estimating body composition in dogs. American Journal of Veterinary Research, 59(5), 529–532. https://doi.org/10.2460/ajvr.1998.59.5.529
 

Tisdale, M. J. (2009). Mechanisms of cancer cachexia. Physiological Reviews, 89(2), 381–410. https://doi.org/10.1152/physrev.00016.2008
 

Vendramini, T. H. A., Amaral, A. R., Rentas, M. F., Nogueira, J. P. d. S., Pedrinelli, V., de Oliveira, V. V., & Zafalon, R. V. A. (2024). Ketogenic diets: A systematic review of current scientific evidence and possible applicability in dogs and cats. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, 108(2), 541–556. https://doi.org/10.1111/jpn.13913
 

Vendramini, T. H. A., Macedo, H. T., Amaral, A. R., Rentas, M. F., Macegoza, M. V., Zafalon, R. V. A., Pedrinelli, V., Mesquita, L. G., De Carvalho Balieiro, J. C., Pfrimer, K., Pedreira, R. S., Nowosh, V., Pontieri, C. F. F., De Oliveira Massoco, C., & Brunetto, M. A. (2020). Gene expression of the immunoinflammatory and immunological status of obese dogs before and after weight loss. PLoS ONE, 15(9 September), e0238638. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0238638
 

Wakshlag, J. J., Barr, S. C., Ordway, G. A., Kallfelz, F. A., Flaherty, C. E., Christensen, B. W., Shepard, L. A., Nydam, D. V., & Davenport, G. M. (2003). Effect of dietary protein on lean body wasting in dogs: Correlation between loss of lean mass and markers of proteasome-dependent proteolysis. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, 87(11–12), 408–420. https://doi.org/10.1046/j.0931-2439.2003.00452.x
 

Witzel, A. L., Kirk, C. A., Henry, G. A., Toll, P. W., Brejda, J. J., & Paetau-Robinson, I. (2014). Use of a novel morphometric method and body fat index system for estimation of body composition in overweight and obese dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 244(11), 1279–1284. https://doi.org/10.2460/javma.244.11.1279