Tipo de cálculo	Causas	Tratamento
Estruvita (LULICH; OSBORNE; ALBASAN, 2011, BARTGES; CALLENS, 2015, LULICH et al., 2016)	Associado a infecções bacterianas em cães, pode ocorrer de maneira estéril em gatos. Associada a pH alcalino.	Deve ser feito por dissolução dietética e manejo antibioticoterapia quando identificar infecções.
Oxalato de cálcio (LULICH; OSBORNE; ALBASAN, 2011, BARTGES; CALLENS, 2015, LULICH et al., 2016)	Associado a hipercalciúria, doenças endócrinas (hiperadrenocorticismo) e outras condições patológicas (obesidade, dislipidemia).	Optar por cirurgias e procedimentos minimamente invasivos. Remover somente cálculos problemáticos e/ou obstrutivos.
Urato (BARTGES et al., 1999, LULICH et al., 2016)	Associado à raça (EX. Dálmata) e hepatopatias (principalmente shunts portossistêmicos).	Tratamento da causa de base, remoção cirúrgica. Para dieta, consulte um nutrólogo.
Cistina (LULICH et al., 2016)	Associada a fatores genéticos ligados a genes recessivos autossômicos.	Remoção cirúrgica.

• Em todos os casos de urolitíase, é essencial aumentar a ingestão hídrica, tanto para dissolução, quanto para prevenção (BARTGES; CALLENS, 2015, LULICH et al., 2016).
• A dissolução nutricional não é indicada para casos de obstrução.
• Caso o manejo dietético não seja bem-sucedido, deve-se considerar intervenções cirúrgicas ou procedimentos minimamente invasivos, como litotripsia a laser ou microcirurgias (LULICH et al., 2016).
• A remoção dos cálculos deve ser realizada apenas quando estes forem considerados problemáticos e estiverem associados a sinais clínicos ou obstruções. Urólitos problemáticos são aqueles que causam obstrução do fluxo urinário, infecções recorrentes, dor ou compressão do parênquima renal (LULICH et al., 2016).
• Cirurgias invasivas, como a cistotomia, devem ser reservadas para cálculos insolúveis ou localizados em regiões obstrutivas.
• A obstrução uretral é uma emergência e requer atendimento clínico imediato (LULICH et al., 2016, TAYLER et al., 2025).
• A presença de cálculos não problemáticos em pacientes com doença renal crônica não contribui para a progressão da enfermidade em cães e gatos (LULICH et al., 2016).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BARTGES, Joseph W.; CALLENS, Amanda J.. Urolithiasis. Veterinary Clinics Of North America: Small Animal Practice, [S.L.], v. 45, n. 4, p. 747-768, jul. 2015.

BARTGES, Joseph W.; OSBORNE, Carl A.; LULICH, Jody P.; KRUGER, John M.; SANDERSON, Sherry L.; KOEHLER, Lori A.; ULRICH, Lisa K.. Canine Urate Urolithiasis. Veterinary Clinics Of North America: Small Animal Practice, [S.L.], v. 29, n. 1, p. 161-191, jan. 1999.

LULICH, Jody P.; OSBORNE, Carl A.; ALBASAN, Hasan. Canine and Feline Urolithiasis: diagnosis, treatment, and prevention. Nephrology And Urology Of Small Animals, [S.L.], p. 685-706, 18 fev. 2011.

TAYLOR, Samantha; BOYSEN, Søren; BUFFINGTON, Tony; CHALHOUB, Serge; DEFAUW, Pieter; DELGADO, Mikel M; GUNN-MOORE, Danièlle; KORMAN, Rachel. 2025 iCatCare consensus guidelines on the diagnosis and management of lower urinary tract diseases in cats. Journal Of Feline Medicine And Surgery, [S.L.], v. 27, n. 2, fev. 2025.

LULICH, J.P.; BERENT, A.C.; ADAMS, L.G.; WESTROPP, J.L.; BARTGES, J.W.; OSBORNE, C.A.. ACVIMSmall Animal Consensus Recommendations on the Treatment and Prevention of Uroliths in Dogs and Cats. Journal Of Veterinary Internal Medicine, [S.L.], v. 30, n. 5, p. 1564-1574, set. 2016.