

Transplante de microbiota fecal: um assunto emergente
As fezes são formadas a partir da digestão dos alimentos, onde aquilo que não foi absorvido e resultou de atividade física e química do trato gastrointestinal irá formar as fezes (matéria orgânica – resíduos metabólicos) que são dotadas de enorme quantidade bacteriana oriunda da microbiota residente naquele hospedeiro.
Desta forma, entende-se que fezes são também materiais biológicos passíveis de permitir diversos diagnósticos quanto a doenças infecto-parasitárias.
A microbiota intestinal é formada majoritariamente por bactérias, embora fungos e vírus estejam presentes. A condição de homeostase da microbiota é denominada eubiose. A disbiose significa o desequilíbrio qualiquantitativo desses microrganismos. Clinicamente o paciente pode exibir diarreia acompanhada ou não de flatulências excessivas, empachamento, vômitos e variável grau de desconforto. Quase sempre será uma alteração secundária, ou seja, existem doenças de base que cursam para disbiose e por isso os animais que estejam em disbiose precisam receber uma triagem visando diagnóstico. Exemplos de doenças primárias que culminam em disbiose intestinal, são:
- enterite crônica idiopática e muitas vezes imunomediadas (doença inflamatória intestinal);
- insuficiência pancreática exócrina;
- obesidade;
- diabetes;
- reações adversas alimentares (intolerâncias ou hipersensibilidades);
- hepatopatias;
- neoplasias;
- doença renal crônica, e outras.
Ainda se sabe que medicamentos podem alterar a microbiota de forma duradoura (antibióticos como Metronidazol) ou autolimitada (antiácidos como Omeprazol). A alimentação crua para cães também foi considerada inadequada neste sentido, isto é, indutora de disbiose.
No laboratório clínico é possível detectar alterações bioquímicas como aumento de folato (B-9) e redução de cobalamina (B-12) mas isto é inespecífico, não sendo patognomônico. A cultura fecal não é indicada. Embora a avaliação de metaboloma (metabólitos bacterianos) e a avaliação histológica específica que permite mensurar a microbiota de mucosa (técnica de F.I.S.H.) sejam exames complementares indicados para inferir disbiose intestinal, para a rotina clínica atual recomenda-se o exame fecal de biologia molecular (qPCR) chamado índice de disbiose fecal, sendo um exame relativamente novo, desenvolvido em laboratório norte-americano (Universidade do Texas) e capaz de detectar a presença e a expressão de alguns grupos bacterianos associados a eubiose (normalidade) e a disbiose (doença), mas nada disso informa a causa da disbiose nem se existe relevância clínica destes achados, ou seja, nada substitui o exame clínico (anamnese + exame físico) para o raciocínio clínico e tomada de decisão.
Microbiologicamente identifica-se pela biologia molecular com a técnica qPCR (índice de disbiose fecal e painel infeccioso fecal) a condição de disbiose intestinal quando notada redução de bactérias desejadas como Blautia spp., Clostridium hiranonis e Turicibacter spp. e maior expressão de bactérias indesejadas como Clostridium perfringens, Salmonella spp., E. coli e Streptococcus spp. e a relação (proporção) destes microrganismos na amostra fecal estudada resulta em um índice (escala numeral).
Diante deste entendimento de que o microbioma tem a ver com a saúde intestinal e com a saúde como um todo (interação da microbiota com outros órgãos e sistemas), recomenda-se evitar o emprego desnecessário de antibióticos, sobretudo em casos que não existam elementos sugestivos de risco séptico dos pacientes com diarreia, como febre, desvio a esquerda e disfunção hemodinâmica (hipotensão e choque). Quadros de diarreia devem receber inicialmente preocupação quanto a desidratação (correção hidroeletrolítica), além de analgesia em caso de dores e certamente melhorias de dieta (alimentos com mais digestibilidade, mais fibras e quando preciso com proteínas hidrolisadas). Isso além de prebióticos como FOS, MOS e GOS, probióticos e certamente triagem de eventual causa parasitária, investigação de corpos estranhos através de exame complementar de imagem, correlação de doenças sistêmicas que causam gastroenterite (doença renal crônica em cães e gatos, hipertiroidismo felino, hipoadrenocorticismo canino, pancreatite, toxicose, dentre outros diferenciais).
Os antibióticos podem conferir sobrecarga hepática ou renal, geram custos aos tutores e obviamente conferem seleção bacteriana e consequente resistência. Seu uso está diretamente associado a induzir disbiose em cães e gatos.
Como alternativa ao uso de antibióticos e ainda visando modulação da microbiota a favor da eubiose não da disbiose, existe a técnica complementar do transplante de fezes onde bactérias desejadas oriundas de fezes do doador adequadamente triado e selecionado por critérios clínicos rigorosos e laboratoriais (inclusive mediante índice de disbiose fecal acusando sua eubiose) serão introduzidas num receptor doente (paciente com disbiose). A quantidade de fezes do doador saudável a ser dissolvida em soro fisiológica, posteriormente filtrada (peneirada) e empregada em sonda via retal deve ser estudada a cada caso, todavia existem recomendações estabelecidas. A literatura sugere que sejam realizadas no mínimo 3 sessões do transplante, mas o combinado sobre a repetição irá depender do histórico do doente e da resposta notada nos primeiros dias após o procedimento. Geralmente não envolve dor e será ambulatorial (quase todos os cães), mas em animais com muita sensibilidade dolorosa ou comportamentos arredios preconiza-se a sedação (como na maioria dos gatos, por exemplo). Na doença aguda é possível que o transplante seja protagonista para o cessar da diarreia. Nos quadros crônicos seu potencial pode ser adjuvante visando reduzir recaídas da diarreia ou facilitando a melhora do animal (junto de outros tratamentos).
Estudos brasileiros apontaram eficácia da técnica de transplante fecal via sondagem retal para redução de diarreia e menor necessidade de antibioticoterapia em filhotes com parvovirose canina. Mais tarde estudo clínico estrangeiro sugeriu efeito terapêutico (adjuvante) do TMF em cães com enterites crônicas e em relato de caso brasileiro em cão com colite granulomatosa também foi informado resultado com o procedimento. Outros estudos apontaram eficácia para doenças de pele na redução do prurido (dermatite atópica) a partir do transplante fecal via oral (cápsulas).
Por fim, vale salientar que o objetivo será evitar o emprego de antibióticos, sempre investigar causa de base para a disbiose como dito nos exemplos de variadas afecções anteriormente e traçar um adequado acompanhamento do paciente que muitas vezes irá precisar de uma alimentação específica e atendimento veterinário especializado em Gastroenterologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Compare, D., Sgamato, C., Nardone, O. M., Rocco, A., Coccoli, P., Laurenza, C., & Nardone, G. (2022). Probiotics in Gastrointestinal Diseases: All that Glitters Is Not Gold. Digestive diseases (Basel, Switzerland), 40(1), 123–132. https://doi.org/10.1159/000516023
Chaitman, J., & Gaschen, F. (2021). Fecal Microbiota Transplantation in Dogs. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, 51(1), 219–233. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2020.09.012
Cridge, H., Williams, D. A., & Barko, P. C. (2023). Exocrine pancreatic insufficiency in dogs and cats. Journal of the American Veterinary Medical Association, 262(2), 246–255. https://doi.org/10.2460/javma.23.09.0505
Davis, E. M., & Weese, J. S. (2022). Oral Microbiome in Dogs and Cats: Dysbiosis and the Utility of Antimicrobial Therapy in the Treatment of Periodontal Disease. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, 52(1), 107–119. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2021.08.004
Dupouy-Manescau, N., Méric, T., Sénécat, O., Drut, A., Valentin, S., Leal, R. O., & Hernandez, J. (2024). Updating the Classification of Chronic Inflammatory Enteropathies in Dogs. Animals: an open access journal from MDPI, 14(5), 681. https://doi.org/10.3390/ani14050681
Han, D. W., Kang, J. H., Mun, S. H., Kim, S. J., Kim, Y. H., & Hwang, C. Y. (2025). Preliminary report: Protective effects of probiotics on cefovecin-induced gut dysbiosis in dogs. Canadian journal of veterinary research = Revue canadienne de recherche veterinaire, 89(1), 32–35.
Ing, N. H., & Steiner, J. M. (2024). The Use of Diets in the Diagnosis and Treatment of Common Gastrointestinal Diseases in Dogs and Cats. Advances in experimental medicine and biology, 1446, 39–53. https://doi.org/10.1007/978-3-031-54192-6_3
Kim, K. R., Kim, S. M., & Kim, J. H. (2023). A pilot study of alterations of the gut microbiome in canine chronic kidney disease. Frontiers in veterinary science, 10, 1241215. https://doi.org/10.3389/fvets.2023.1241215
Lee, N. N., Bidot, W. A., Ericsson, A. C., & Franklin, C. L. (2020). Effects of Giardia lamblia Colonization and Fenbendazole Treatment on Canine Fecal Microbiota. Journal of the American Association for Laboratory Animal Science: JAALAS, 59(4), 423–429. https://doi.org/10.30802/AALAS-JAALAS-19-000113
Liu, P. Y., Xia, D., McGonigle, K., Carroll, A. B., Chiango, J., Scavello, H., Martins, R., Mehta, S., Krespan, E., Lunde, E., LeVine, D., Fellman, C. L., Goggs, R., Beiting, D. P., & Garden, O. A. (2023).
Immune-mediated hematological disease in dogs is associated with alterations of the fecal microbiota: a pilot study. Animal microbiome, 5(1), 46. https://doi.org/10.1186/s42523-023-00268-2
Marclay, M., Dwyer, E., Suchodolski, J. S., Lidbury, J. A., Steiner, J. M., & Gaschen, F. P. (2022). Recovery of Fecal Microbiome and Bile Acids in Healthy Dogs after Tylosin Administration with and without Fecal Microbiota Transplantation. Veterinary sciences, 9(7), 324. https://doi.org/10.3390/vetsci9070324
Marshall-Jones, Z. V., Patel, K. V., Castillo-Fernandez, J., Lonsdale, Z. N., Haydock, R., Staunton, R., Amos, G. C. A., & Watson, P. (2024). Conserved signatures of the canine faecal microbiome are associated with metronidazole treatment and recovery. Scientific reports, 14(1), 5277. https://doi.org/10.1038/s41598-024-51338-7
Menni, A., Moysidis, M., Tzikos, G., Stavrou, G., Tsetis, J. K., Shrewsbury, A. D., Filidou, E., & Kotzampassi, K. (2023). Looking for the Ideal Probiotic Healing Regime. Nutrients, 15(13), 3055. https://doi.org/10.3390/nu15133055
McAtee, R., Schmid, S. M., Tolbert, M. K., Hetzel, S., Suchodolski, J. S., & Pritchard, J. C. (2023). Effect of esomeprazole with and without a probiotic on fecal dysbiosis, intestinal inflammation, and fecal short-chain fatty acid concentrations in healthy dogs. Journal of veterinary internal medicine, 37(6), 2109–2118. https://doi.org/10.1111/jvim.16886
Nguyen, H. T., Hongsrichan, N., Intuyod, K., Pinlaor, P., Yingklang, M., Chaidee, A., Sengthong, C., Pongking, T., Dangtakot, R., Banjong, D., Anutrakulchai, S., Cha'on, U., & Pinlaor, S. (2022). Investigation of gut microbiota and short-chain fatty acids in Strongyloides stercoralis-infected patients in a rural community. Bioscience of microbiota, food and health, 41(3), 121–129. https://doi.org/10.12938/bmfh.2021-054
Niina, A., Kibe, R., Suzuki, R., Yuchi, Y., Teshima, T., Matsumoto, H., Kataoka, Y., & Koyama, H. (2019). Improvement in Clinical Symptoms and Fecal Microbiome After Fecal Microbiota Transplantation in a Dog with Inflammatory Bowel Disease. Veterinary medicine (Auckland, N.Z.), 10, 197–201. https://doi.org/10.2147/VMRR.S230862
Oliveira, I. M., Ribeiro, R. R., Cardoso Cysneiros, M. E., Torres, L. B., Moraes, V. R., Ferreira, L. R., Rodrigues da Silva, W. P., Rodrigues de Souza, M., Lopes Xavier, R. A., Renato Dos Santos Costa, P., Martins, D. B., & Borges, N. C. (2024). Intestinal Biomarkers and Their Importance in Canine Enteropathies. Veterinary medicine international, 2024, 7409482. https://doi.org/10.1155/vmi/7409482
Paul, A., & Stayt, J. (2019). The intestinal microbiome in dogs and cats with diarrhoea as detected by a faecal polymerase chain reaction-based panel in Perth, Western Australia. Australian veterinary journal, 97(10), 418–421. https://doi.org/10.1111/avj.12867
Pereira, G. Q., Gomes, L. A., Santos, I. S., Alfieri, A. F., Weese, J. S., & Costa, M. C. (2018). Fecal microbiota transplantation in puppies with canine parvovirus infection. Journal of veterinary internal medicine, 32(2), 707–711. https://doi.org/10.1111/jvim.15072
Pilla, R., & Suchodolski, J. S. (2021). The Gut Microbiome of Dogs and Cats, and the Influence of Diet. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, 51(3), 605–621. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2021.01.002
Romano FS, Lallo MA, Romano RS, Isidoro LPS, Cardoso MR, Sodré LC, Melchert A, Guimarães-Okamoto PTC, Pappalardo MCF, Amaral AR, Vendramini THA. Fecal Microbiota Transplantation as a Treatment for Granulomatous Colitis in a French Bulldog: A Case Report. Microorganisms. 2025 Feb 8;13(2):366. doi: 10.3390/microorganisms13020366. PMID: 40005733; PMCID: PMC11858374.
Reisinger, A., Stübing, H., Suchodolski, J. S., Pilla, R., Unterer, S., & Busch, K. (2024). Comparing treatment effects on dogs with acute hemorrhagic diarrhea syndrome: fecal microbiota transplantation, symptomatic therapy, or antibiotic treatment. Journal of the American Veterinary Medical Association, 262(12), 1657–1665. https://doi.org/10.2460/javma.24.03.0153
Rojas, C. A., Entrolezo, Z., Jarett, J. K., Jospin, G., Kingsbury, D. D., Martin, A., Eisen, J. A., & Ganz, H. H. (2023). Microbiome Responses to Fecal Microbiota Transplantation in Cats with Chronic Digestive Issues. Veterinary sciences, 10(9), 561. https://doi.org/10.3390/vetsci10090561
Sacoor, C., Marugg, J. D., Lima, N. R., Empadinhas, N., & Montezinho, L. (2024). Gut-Brain Axis Impact on Canine Anxiety Disorders: New Challenges for Behavioral Veterinary Medicine. Veterinary medicine international, 2024, 2856759. https://doi.org/10.1155/2024/2856759
Sahoo DK, Allenspach K, Mochel JP, Parker V, Rudinsky AJ, Winston JA, Bourgois-Mochel A, Ackermann M, Heilmann RM, Köller G, Yuan L, Stewart T, Morgan S, Scheunemann KR, Iennarella-Servantez CA, Gabriel V, Zdyrski C, Pilla R, Suchodolski JS, Jergens AE. Synbiotic-IgY Therapy Modulates the Mucosal Microbiome and Inflammatory Indices in Dogs with Chronic Inflammatory Enteropathy: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Study. Vet Sci. 2022 Dec 30;10(1):25. doi: 10.3390/vetsci10010025. PMID: 36669027; PMCID: PMC9867299.
Sanders, M. E., Klaenhammer, T. R., Ouwehand, A. C., Pot, B., Johansen, E., Heimbach, J. T., Marco, M. L., Tennilä, J., Ross, R. P., Franz, C., Pagé, N., Pridmore, R. D., Leyer, G., Salminen, S., Charbonneau, D., Call, E., & Lenoir-Wijnkoop, I. (2014). Effects of genetic, processing, or product formulation changes on efficacy and safety of probiotics. Annals of the New York Academy of Sciences, 1309, 1–18. https://doi.org/10.1111/nyas.12363
Schmidt, M., Unterer, S., Suchodolski, J. S., Honneffer, J. B., Guard, B. C., Lidbury, J. A., Steiner, J. M., Fritz, J., & Kölle, P. (2018). The fecal microbiome and metabolome differs between dogs fed Bones and Raw Food (BARF) diets and dogs fed commercial diets. PloS one, 13(8), e0201279. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0201279
Stavroulaki, E. M., Suchodolski, J. S., & Xenoulis, P. G. (2023). Effects of antimicrobials on the gastrointestinal microbiota of dogs and cats. Veterinary journal (London, England: 1997), 291, 105929. https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2022.105929
Suchodolski J. S. (2022). Analysis of the gut microbiome in dogs and cats. Veterinary clinical pathology, 50 Suppl 1(Suppl 1), 6–17. https://doi.org/10.1111/vcp.13031
Sugita, K., Shima, A., Takahashi, K., Ishihara, G., Kawano, K., & Ohmori, K. (2023). Pilot evaluation of a single oral fecal microbiota transplantation for canine atopic dermatitis. Scientific reports, 13(1), 8824. https://doi.org/10.1038/s41598-023-35565-y
Sui, Y., Song, P., Chen, G., Zuo, S., Liu, H., Guo, J., Chang, Z., Dai, H., Liu, F., & Dong, H. (2024). Gut microbiota and Tritrichomonas foetus infection: A study of prevalence and risk factors based on pet cats. Preventive veterinary medicine, 226, 106162. https://doi.org/10.1016/j.prevetmed.2024.106162
Summers, S., & Quimby, J. (2024). Insights into the gut-kidney axis and implications for chronic kidney disease management in cats and dogs. Veterinary journal (London, England: 1997), 306, 106181. https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2024.106181
Tizard, I. R., & Jones, S. W. (2018). The Microbiota Regulates Immunity and Immunologic Diseases in Dogs and Cats. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, 48(2), 307–322. https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2017.10.008
Toresson, L., Spillmann, T., Pilla, R., Ludvigsson, U., Hellgren, J., Olmedal, G., & Suchodolski, J. S. (2023). Clinical Effects of Faecal Microbiota Transplantation as Adjunctive Therapy in Dogs with Chronic Enteropathies-A Retrospective Case Series of 41 Dogs. Veterinary sciences, 10(4), 271. https://doi.org/10.3390/vetsci10040271
Watanangura, A., Meller, S., Farhat, N., Suchodolski, J. S., Pilla, R., Khattab, M. R., Lopes, B. C., Bathen-Nöthen, A., Fischer, A., Busch-Hahn, K., Flieshardt, C., Gramer, M., Richter, F., Zamansky, A., & Volk, H. A. (2024). Behavioral comorbidities treatment by fecal microbiota transplantation in canine epilepsy: a pilot study of a novel therapeutic approach. Frontiers in veterinary science, 11, 1385469. https://doi.org/10.3389/fvets.2024.1385469
Werner, M., Suchodolski, J. S., Lidbury, J. A., Steiner, J. M., Hartmann, K., & Unterer, S. (2021). Diagnostic value of fecal cultures in dogs with chronic diarrhea. Journal of veterinary internal medicine, 35(1), 199–208. https://doi.org/10.1111/jvim.15982
Yang, Q., & Wu, Z. (2023). Gut Probiotics and Health of Dogs and Cats: Benefits, Applications, and Underlying Mechanisms. Microorganisms, 11(10), 2452. https://doi.org/10.3390/microorganisms11102452